terça-feira, 19 de novembro de 2013

Saindo do Forno: The Walking Dead 4x06

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Vitrine Vade Retro: The Conjuring (Invocação do Mal)

Nesse segundo semestre de 2013 foi lançado nos cinemas "The Conjuring", filme dirigido por James Wan, que já tem uma boa ligação com filmes de suspense/terror , Wan foi responsável pelo primeiro Jogos Mortais, e de Sobrenatural , filme que me surpreendeu bastante e que recomendo. 

A sinopse do filme você pode encontrar clicando aqui;

Para os desavisados, Invocação do Mal é um filme baseado em um dos casos do casal Warren, para quem curte essas coisas de sobrenatural é uma boa dica para pesquisar, sou bastante curioso e medroso em relação a este tema.Já se fazia um bom tempo que não lançavam um filme de terror decente, e que tivesse gerado um bom boca boca a respeito, muitos dos filmes lançados atualmente que apesarem de serem categorizados de terror, meio que ficaram banalizados e são tratados muitas vezes como comédia. Invocação do mal conseguiu quebrar essa barreira, e justamente essa é uma das qualidades do filme, ele possui uma atmosfera de terror muito boa, associado ao um quarto escuro e silêncio,  The conjuring pode se tornar uma experiência de terror  bem "agradável".

"Invocação do mal" ao contrário do que se tem feito muito hoje, não é um filme de susto, particularmente não me assustei muito, fiquei mais fascinado com a atmosfera do filme. Outro ponto bacana para quem tem uma olhar mais crítico, é a direção de James Wan, logo no começo do filme quando somos apresentados a família, vemos uma direção bem sútil , com poucos cortes e uma câmera com travelings suaves que acompanham toda a família pela casa, sugerindo uma forte ligação entre os membros e de certo modo mostrando como se todos fossem um só, já que logo na manhã seguinte da mudança todos são afetados pelos males da casa assim como um doente que começa a desenvolver sintomas de uma doença. Temos muitas cenas de primeira pessoa que ao contrário de filmes como bruxa de blair ou cloverfield, que usam desse artifício para da mais veracidade, nesse filme soa mais como convite para os espectadores a sentirem a experiência e não apenas ver. O figurino setentista é outro fator que contribui bastante para a construção dessa atmosfera e uma trilha sonora ao som de Dead Man Bones.(Que por sinal também tem tudo a ver com o tema.) 

O filme usa bastante o elemento do conhecer e não entender, do ver e não ver o que acaba gerando a curiosidade do espectador, bons sustos e a construção de algumas cenas que valem um certo destaque e acabam agregando valor ao filme( Não resisti). Muito foda a cena da cama mostrando o pavor particular da garota olhando fixamente para a porta de seu quarto, e sua irmã sem entender o que para ela é apenas um canto escuro,  e com um timing perfeito o som se ausenta e temos o fechar da porta. Resultado,susto de novo ao tirar o print das cenas.


























Por essa e outras The conjunring ta mais do que recomendado, tanto para os curtidores do gênero e para os assistidores casuais.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ETs e a Igreja do Diabo




Se você veio ler esse texto achando que trataria de bizarrices sobre aliens e satanismo, continue lendo, apesar de você ter sido enganado.
Eu vou falar de mais um conto de Machado de Assis (sim, mais um, o outro está aqui).
Dessa vez eu apresento o conto A Igreja do Diabo, uma maravilhosa crítica de nós humanos.

"Conta um velho manuscrito beneditino que o Diabo, em certo dia, teve a ideia de fundar uma igreja."

Incrível como, num conto tão pequeno, Machado tenha conseguido expor o extrato da nossa existência contraditória, ao mesmo tempo nos mostrando nosso pior e nosso melhor lado.
Apesar da descrença que alguns nutrem pela raça humana (raça = subespécie = homo sapiens sapiens), Machado de Assis, no conto em comento, desveste a carapuça da hipocrisia em que vivemos hoje (ou em 1884, quando o conto foi publicado).
A Igreja do Diabo ilustra perfeitamente a capacidade que até os seres humanos mais corrompidos pela falta de ética têm de serem ETs.
Isso mesmo, ETs, do inglês Extraordinary Terrestrials. Pessoas capazes de expressar bondade, generosidade, respeito pelos outros, gentileza, gratidão, amor, essas coisas estranhas, que parecem ser dons de outro planeta.
Vai dizer que você nunca viu um desses vídeos com flagrantes que servem para restaurar a fé na humanidade?  

Se não viu, tá aí o mais recente que eu vi:



Mas aí você vai dizer, é na Europa, é outro mundo (ETs de fato). Mas o Machado de Assis é bem brasileiro, e ele retratou essa bipolaridade de caráter a partir dos exemplares locais.

Mas foi antigamente, você vai dizer (seu descrente), por isso vai um vídeo com provas de que esse tipo de pessoa existe aqui também. São cenas fortes:




Brincadeiras a parte, o tema é sério. Estamos chegando num ponto da corrupção moral humana em que atitudes desinteressadas e de bondade genuína são consideradas excepcionalíssimas. Exemplos de caráter, virtude e justiça estão a um passo de serem expostos em museus, e isso é preocupante. 
Mas como diz o clichê, o importante é não perder a fé na humanidade. Mais importante ainda, não perca a fé em você.
Sobre o conto, só posso dizer que o diabo ficaria ainda mais decepcionado com seus fiéis ao ver essas imagens.    
Então, não perca mais tempo, acesse o site mais próximo que disponibilize a obra e renove sua fé na humanidade e na literatura.  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A lenda de Wan

Animações como já andei comentando, a muito tempo deixou de ser entretenimento só para crianças.Algumas produções podem agradar diversos públicos, eu chamo de filmes ou desenhos (nesse caso) cebola, por justamente possuir várias camadas, o que permite uma fácil assimilação de vários públicos tanto dos mais exigentes ou daqueles que apenas assistem para passar o tempo.

Um equilíbrio muito almejado por vários meios, e que muitos filmes atuais pecam justamente por isso. Não é fácil dar profundidade a uma história, um exemplo clássico que sempre gosto de usar é Matrix, tem toda uma questão filosófica em sua história, boa direção e roteiro, e no final das contas pode ser apenas um filme de ação. Tudo é uma questão de achar o equilíbrio, e por falar nisso como não aprender sobre, em Avatar.

A tempos eu não era comovido por uma animação assim, acho que a última vez foi em tory story 3. Tudo é questão de equilíbrio, umas das várias mensagens desse desenho magnífico.
                           
                           (Qualquer semelhança yin yang não é mera coincidência )
Os dois últimos episódios da temporada atual, foi  mostrada a história de Wan, o primeiro avatar, e para quem não é familiarizado, o avatar é o único humano capaz de dominar os quatro elementos, Terra, Água, Fogo, Ar. Com dois episódios intitulados de primórdios, vemos que se passa a muito, mais muito tempo atrás, e para enfatizar esse distanciamento outro aspecto técnico foi o usado, traços diferentes na animação, que apesar de serem mais simples,só acrescentaram ao valor artístico desses dois episódios.



No decorrer da série vimos relances do passado de vários avatares, que mostravam tamanha criatividade e imenso valor para cada personagem, ainda sou curioso sobre o caso do avatar que perdeu sua amada para espírito que roubava faces. No início do episódio somos apresentados a Wan, de cara vemos sua característica marcante, o típico rebelde, cena essa que me lembrou muito o Aladin da disney. Em um dos diálogos com dois de seus amigos é mencionado que alguns tem poder e outros não, o que causa muito frustração nele. A partir daí vemos a construção de sua personalidade em busca de seu equilíbrio, ao usar sua malandragem ao roubar o elemento do fogo, ao mesmo tempo que vemos um lado buscando por justiça, e sua demonstração de respeito e compaixão. Tudo isso no decorrer de sua jornada vai sendo aflorado onde no final somos presenteados com um personagem bastante cativante.

Outra questão interessante é que por mais que Wan tenha feito mudanças, inspirando pessoas, isso trouxe consequências caóticas, como os humanos tomando o espaço dos espíritos, a libertação de Vatuu, que embora resolvidas, novos conflitos continuaram a existir, o que reflete justamente em toda a mensagem do desenho, o equilíbrio, o conflito entre Vatuu e Raava, Luz e escuridão, um não existe sem o outro , como foi explicado pela própria Raava.

E o que por um breve momento pareceu ser uma história triste, a lamentação de Wan com Ravaa, por não ter conseguido sua busca pela a paz, ao mesmo tempo vemos a lindeza dessa história, auxiliada com uma trilha sonora emocionante, ao termino de lamentações de não ter cumprido sua missão perante a morte e o renascer da vida com um choro de um bebê.

Me foi passado uma junção de sentimentos alegres e tristes, com a morte do personagem e ao mesmo tempo temos o renascer a persistência em busca pela paz, já que o espírito de Raava sempre irá reencarnar, agora imaginem a quantidade de histórias e vidas  que passaram  até chegarmos a Aang ou Korra. Essa é a beleza de Avatar. O equilíbrio, entre drama, comédia, arte, ação e música.


                                                      (Trilha sonora de puro Amor *-*)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O Alienista (e os alienados)


Como grande apreciadora dos clássicos da literatura, não é de se espantar que eu seja fã de Machado de Assis. E não é por purismo intelectual. É porque o cara é genial mesmo.
Não li todas as obras (como gostaria), mas cada uma que consigo ter tempo de ler agrega tudo, agrega sua visão do mundo, agrega seu vocabulário, agrega sua vida! Para quem assistiu ao vídeo do rei do camarote, fica a piada, para quem não assistiu, fica a dica (agrega o seu senso de humor!).
E falando em camarote, e puxando o assunto das obras de Machado, veio a minha mente o seguinte questionamento: o que o Dr. Simão Bacamarte diria se estivesse cá entre nós, nessa era maluca de memes e virais da Internet?
Simão Bacamarte é o personagem em torno do qual foi desenvolvida a trama de O Alienista, conto escrito no melhor estilo da ironia machadiana.
Ele é um médico que elegeu a pequena cidade de Itaguaí, no interior do Rio de Janeiro, para aplicar seus conhecimentos adquiridos na Europa.
Bem, a personalidade do Dr. Bacamarte é um caso raro de extrema inteligência, técnica e racionalidade. Analítico e metódico, dedica a vida à ciência, e escolhe a mente humana como alvo da dedicação exclusiva de seus estudos.  
Determinado a conhecer a psique humana e tratar a loucura, lança a cidade de Itaguaí num empreendimento pioneiro. Num prédio cedido pelo governo, resolve reunir todos os loucos da cidade e da região, nascendo, assim, a Casa Verde.
Mas, o que isso tem a ver com a Internet, e seus fenômenos? Já chegamos lá.
Ocorreu que, na tentativa de identificar os tipos de loucura, o Dr. Simão Bacamarte fez uma triagem dos principais sintomas de cada tipo de louco, classificando-os em grupos. Depois desse minucioso trabalho, o médico passou a observar cada cidadão da pacata cidade, a fim de neles reconhecer algum sintoma de falta de sanidade mental.



Obcecado pelo seu estudo, e obstinado a curar a mente humana, o médico acaba por estabelecer um estado de vigia constante na cidade, não escapando ninguém aos esforços da ciência. Nem mesmo sua esposa. Na verdade, toda a cidade foi parar na Casa Verde!
Surpreso? O que eu contei não é a milésima parte dessa rica história, que eu espero que todos leiam, pois é um conto curto e instigante.
Vamos mais a fundo na teoria do Dr. Bacamarte, tomando uma de suas premissas para introduzir o espírito do médico no nosso raciocínio.

− Suponho o espírito humano uma vasta concha; o meu fim, Sr. Soares, é ver se posso extrair a pérola, que é a razão; por outros termos, demarquemos definitivamente os limites da razão e da loucura. A razão é o perfeito equilíbrio de todas as faculdades; fora daí insânia, insânia e só insânia.

Hoje estamos diante da irreversibilidade da Internet, com a virtualização da informação e da comunicação. Com isso, e a ampla exposição a que as pessoas se submetem, torna-se possível ver uma amostra dos diferentes tipos de pessoas que habitam nosso planeta.



Se a pequena Itaguaí já deu trabalho suficiente ao alienista, imagine se o Dr. Bacamarte passasse a observar o comportamento dos usuários da Internet?
Vídeos malucos, engraçados, bizarros, milhões de fotos retratando cada passo da vida das pessoas, textos sobre os assuntos mais variados, todo tipo de opinião exposta (por pessoas que escrevem em blogs!).
Se passasse a monitorar tudo o que as pessoas fazem na Internet (com a ajuda do Obama) o que elas acessam, veem, leem, postam ou comentam, facilmente ele afirmaria que existe algum desvio mental em todos os indivíduos que frequentam o mundo virtual. (Se você achou exagero, leia o livro, e lembre-se daqueles dias em que você fica zapeando na Internet).
  


 Com todas as coisas estranhas, ou não, que transbordam do mundo virtual, chega-se à conclusão de que a Internet nada mais é que uma gigantesca Casa Verde, onde todos os loucos do mundo estão internados (conectados, como queiram).
E então vem a pergunta: e aquela pessoa que está lá fora, cheia de realidade física e completamente desintoxicada do mundo digital? Que não foi corrompida pelos vídeos engraçados, pelos gifs, pelos escândalos, pelos babados, pela “intimidade” exibida nas redes sociais, por todo o “conteúdo” da Internet. Aquela pessoa que não foi consumida pela curiosidade, no fim das contas.  

Será ela o nosso Simão Bacamarte?




Obs: Não entendeu o final do post? Leia o conto, não posso dar mais spoiler.  A obra está disponível em diversos sites, e são menos de trinta páginas, então não tem desculpa. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Meu papel no mundo - O feminismo nadando contra a correnteza


Sabemos, como já foi comentado em vários posts aqui deste blog, que a vida é regida por uma corrida que se chama evolução, e nós como seres vivos que somos, não estamos além das fronteiras dessa corrida. Nascer, crescer, se reproduzir e morrer são parte do ciclo da vida. Porém, um desses fatores é primordial para fazer parte da evolução. Uma força toma todos os seres vivos para que esse papel na corrida seja completo. Reproduzir-se é então necessário.

Como surgiu o macho superior?

Voltemos alguns milhares de anos, quando surgiram os primeiros primatas que viviam em grupos, machos e fêmeas convivendo juntos, temos uma força guiada pelos instintos, reproduzir-se. Vários machos e várias fêmeas convivendo juntos e a necessidade de passar os genes adiante e  única forma de ter certeza que seus genes estarão na próxima geração é sendo você o único a copular com a fêmea escolhida. Vemos então disputas entre machos por grupos de fêmeas, quanto mais forte for o macho mais chance ele tem vencer a briga e de passar suas características adiante. Com esse processo, temos o aparecimento de machos cada vez mais forte, passando seus genes de machos fortes. Dessa maneira os machos desenvolvem uma estrutura corporal que supera a das fêmeas.

Pulemos agora mais alguns milhares de anos. Surgem os primeiros hominídeos. Temos machos com características dos antepassados primatas, machos mais fortes que fêmeas. Com esses atributos os machos, correm mais rápido, pulam mais alto, levantam mais peso e tem maior resistência, sendo assim cação de maneira mais efetiva que as fêmeas que ficam responsáveis por cuidar da prole e coletar alimentos, o que não exigia tanto esforço.

Posteriormente machos que tinham características de melhor caçador conseguiam mais prestigio dentre as fêmeas. Surgiram então machos com uma visão mais focada, desenvolveu-se um senso de  decisões mais dinâmico durante as caçadas, do contrário, a caça virava você. As fêmeas com seus vários afazeres desenvolveram maior senso de comunidade e de cuidado com a prole e aprimoraram as demais habilidades que praticavam.

Evolução do machismo

Milhares de anos depois, vemos seres humanos vivendo em comunidades, com machos fisicamente superiores as fêmeas. Esta superioridade subjugou o poder feminino. Utilizando-se da força física o macho conseguia o que queria com a fêmea. Posteriormente temos um ideal de superioridade que toma a sociedade, homens com o poder em mãos,  tomando decisões, criando sociedades governadas por homens, que perdura até hoje.

Pois bem meus caros, vimos aqui um processo de convergências, guiado por meios naturais, a vida convergiu para um caminho onde criou machos superiores à fêmeas pelo menos fisicamente, e isto é fato. Me vem então uma pergunta: Porque as fêmeas não entraram num processo de disputa pelos machos? isso criaria fêmeas superiores fisicamente a machos e futuramente sociedades governadas por fêmeas.

O que eu quero dizer é que, o que vemos hoje foi sendo construido por milhares de anos. A luta contra o machismo é então lutar contra uma força natural, é nadar contra a correnteza do fluxo natural da vida. Isso não vai mudar num piscar de olhos, nem com mentiras e atos ignorantes oportunistas. O machismo não é criação do homem, ele é parte do processo de criação do próprio homem.
                             fazer papel de coitada não funciona

É de grande importância a luta pela causa feminina, pois muitas mulheres já sofreram e outras tantas morreram vítimas de um machismo intolerante. Por isso não faça comentários sem fundamentos, ou use o Machismo/Feminismo oportunista, tais atitudes tiram a credulidade do movimento. Argumentos são uma grande força que pode mudar o mundo e uma ideia pode vencer qualquer barreira. Mais saiba que é uma luta de muitos anos. Isso não vai acabar com você que esta lendo esse texto, nem com suas netas.  Muitas mulheres lutaram por um mundo mais justo e não viram os frutos de suas lutas.

O machismo é parte de todos nós, a única forma de arranca-lo da sociedade é com  tempo e persistência. Se não quiser lutar contra o machismo viva feliz com ele ou não.

                      

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Saindo do Forno: The Walking Dead 4x04

E ae! Chegamos ao quarto episódio de nossa saga, com um episódio digamos......bom e ao mesmo tempo ruim. Acho que o estilo desse episódio pode não ser dos prediletos da galera que acompanha TWD, mas pessoalmente me agrada bastante, e veja só teve até musiquinha no final. 

Então comecemos ao que interessa, que estilo de episódio foi usado? Eu só me recordo da terceira temporada , mas a segunda com certeza também teve episódios assim. Lembram do episódio que Rick reencontra aquele cara que ele acha na primeira temporada e ele ta todo bitolado da cabeça(3x12)? Então esse episódio é o que chamo de "Quest Episode".

Nesses quests episodes basicamente, é usado alguns dos personagens para viajarem em busca de um objetivo saindo de um ponto A para chegar em um ponto B. Em TWD na maioria das vezes esses objetivos são sidequests, como buscar remédios, comida. Vemos uma oportunidade de acompanhar as jornadas pessoais de cada personagem envolvido, devido o foco ser a aventura, então quem está inserida nela ganhará mais destaque, deixando de lado no caso de TWD o resto do grupo. 

(Aventureiros do grupo 1)


(Aventureiros grupo 2)







       
   


 De um lado vemos um grupo atrás dos remédios e de outro uma combinação um tanto quanto inusitada Carol e Rick, essa outra vantagem, juntar personagens diferentes que tem pouco desenvolvimento juntos.     Achei bacana as conversas desse episódio que pode nos dar algumas pistas do que esperar pela frente, Michone pode começar a criar raízes no grupo, Tyreese deixar de ser vida louca, talvez larguem de mão do governador, o que só vai provar  a total incompetência dos roteiristas estragando um personagem que poderia render um arco muito bom.                                       


Mas como TWD ainda não é aquele primor de qualidade, para alguns esse episódio pode ter soado como apenas encheção de linguiça, que é totalmente compreensível.

Meu principal elogio a esse episódio foi em relação ao ato final,tanto o clímax na busca dos remédios e os diálogos entre Carol e Rick, foi comentado sobre as questões das mudanças, algo que já tinha martelado em posts anteriores.

Reflexão é a palavra que resume esse episódio, a estrutura do episódio permitiu o foco exato para tentar mostrar o psicológico de cada personagem envolvido. 
    "Serpentes na minha cabeça.
Olhando para seus crimes
Tudo muda."
Ao som de Sharon Van Etten- Serpents, onde a letra casa perfeitamente com o psicológico de cada um, todos reflexivos em um tipo de cena que gosto bastante, takes de janela de carro, quem nunca em uma viagem ficou filosofando enquanto olhava pela janela do carro.

E ao fim vemos um Rick com um semblante diferente, talvez aceitando as mudanças, aquele cara perdido finalmente achando seu caminho,com a junção de música e rimas visuais, assim se encerra de forma muito agradável o episódio que até agora é o meu predileto desta Quarta temporada.


                                    

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Saindo do forno - "Gravidade"

O cinema já me proporcionou experiência sensacionais, mas três vezes fui envolvido de uma forma  ímpar, a diferença dessas experiências cinematográficas para as demais foi minha ligação com a história, ter conseguido me desligar do ambiente e me concentra como nunca antes tivera feito e entrar no mundo que o filme me propôs.

A primeira foi com "Avatar" com aquele mundo inteiro feito em computador, a beleza das florestas e animais do planeta Pandora, a conexão entre os seres vivos de todos os tipos, uma história fascinante. A segunda vez foi com "A árvore da vida" o que pra min é o melhor filme da história, é de uma beleza sem igual. Talvez eu me aprofunde mais em outros posts nesses dois filmes.

A terceira vez foi com essa incrível obra do diretor Alfonso Cuarón "Gravidade",com George Clooney e Sandra Bullock como astronautas em uma missão na órbita da Terra. Foram feitas algumas críticas por causa de alguns erros, erros esse totalmente irrelevantes para a história e beleza do filme. 



Conseguir se concentrar e de certa forma fazer parte da história é crucial para que você consiga desfrutar da 7ª arte. Muitas vezes não depende de você, a trama tem que te envolver, tem que causar algum sentimento que prenda toda sua atenção.

 
Se um sentimento pudesse caracterizar "Gravidade", seria aflição ou mesmo medo. É algumas vezes maravilhoso e outras terrível se imaginar no lugar dos personagens com aquela vista incrível da terra e logo depois  a desespero de se perder na imensidão solitária e gelada do espaço, você sente até falta de ar se estiver concentrado o suficiente. Sendo o fator  principal da trilha sonora  do filme o silêncio.

A beleza do cinema é essa, te levar para lugares que você nunca esteve antes e te proporcionar experiências espaciais mesmo estando sentando na poltrona de casa. É realmente está sonhando acordado e o melhor é que você pode repetir. 

Aconselho sair dessa cadeira pegar uma graninha e ir ao cinema para ver essa obra de arte. Pois nada se compara ao cinema, no cinema!

OBS: a Sandra Bullock está uma delicinha com seus 49 anos, pegava fácil!


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Saindo do Forno: The Walking Dead 4x03


Então jovens, vamos ao terceiro episódio dessa terceira quarta temporada. Com um ritmo sem pressa agora, esse terceiro episódio focou bem nas conversas, poucos planos abertos de câmera, mostrando que o foco de fato são os personagens.
E por falar deles, acho que esse foi o episódio de toda a série, que mais teve foco em Carol, e achei legal que apenas por uma cena mostrando apenas a frustração da personagem, acreditando na inteligência do telespectador, foi  resolvido o mistério do episódio passado. 

                             (Quem aposta que essa temporada ela bate as botas? rsrs)

E o interessante analisar, é o problema da vez, uma coisa que sempre existiu antes de zumbis: Doenças. Vemos que se criou uma certa frustração por parte de todos, e até concordo, depois de tudo que eles passaram e apenas uma "mera doença" está derrubando todos. Essa doença ainda não entendi muito bem, o que é , de onde veio e qual é, espero que com o decorrer da série tudo se encaixe. (Tyrese deu a louca só tenho isso a comentar rsrs)


E no ato final do episódio, vem a então esperada ação! E confesso que fiquei meio frustrado com a garoteada do grupo, quem assistir o episódio vai entender. E outra coisa que acho interessante de TWD, é que ele mantem assim como dos filmes antigos aquela coisa do zumbi lento, andei assistindo Dawn of the Dead de 1978 (que recomendo) , que apesar dos zumbis serem lesados, ainda assim são uma ameaça constante, principalmente quando estão em grupos, e nesse episódio jovens, é provado isso.
                                                 ( Garotiaram Bonito)

E fazendo uma análise biológica, como a seleção natural é cruel, com esse novo obstáculo os personagens agora estão sentindo na pela do que é fazer parte da natureza sem ter a bolha da sociedade para proteger a todos. Inté a próxima!

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Demorou mas saiu : Journey

Como primeira participação neste blog que fala de tudo e ao mesmo tempo de adaN, escolhi falar sobre o formato de mídia que mais aprecio: os jogos eletrônicos. E para começar, falarei não sobre um jogo qualquer, mas sobre uma obra de Arte, Journey. O que se segue não é um típico review do jogo, abordo a forma única e intuitiva com o que o jogo o ensina a jogá-lo e desvendar suas possibilidades. Isto torna a experiência em Journey única, além do fato de vir embalada pela incrível trilha sonora, original e indicada ao Grammy, um feito inédito para os jogos eletrônicos!
Enfim, uma abordagem diferente para explicar porque esse jogou virou um fenômeno, elogiado por crítica e jogadores, fato que o fez abocanhar diversas premiações!



Lançado em 2012 por uma produtora pequena, promissora e de nome "cool", a ThatGameCompany, a melhor palavra para descrever seu tema é "transcendental". Isto já pode ser observado desde o menu inicial minimalista (que tem só uma opção, a de iniciar o jogo em si), que usa uma música misteriosa e uma igualmente insondável paisagem desértica para engajar o jogador à solucionar seus enigmas.
O jogo se inicia apresentando a incrivelmente bem feita areia do deserto, que transmite uma sensação de calor bem convincente. Enquanto uma estrela cadente aparece na tela, nosso "eu gamístico" é revelado. Coberto em tecido vermelho, é um ser abstrato, misterioso e de gênero indefinido, características que impedem qualquer possível rejeição por parte do jogador, ponto para a produtora.
A primeira coisa a se fazer no jogo é aprender como a câmera se move. Para tanto, o jogo simplesmente mostra uma imagem do controle do PS3 (é um exclusivo da Sony) e indica a direção para apontá-lo, usando os tais "seis eixos" que dão nome ao joystick do PS3, deixando essa função menos inútil do que normalmente.
Quando você se acostuma e começa a girar a câmera você se depara com a visão de uma enorme duna encimada com o que parecem ser dois longos e estreitos túmulos agarrados à fitas gigantes. Neste momento, o personagem, que estava sentado na areia, se levanta, ao passo em que novamente aparece o controle translúcido, apontando o uso do analógico esquerdo para caminhar, silenciosamente apontando a direção a se seguir. Detalhes sublimes e sem o uso de palavras que tornam a experiência bem mais rica e bela.
Assim que se sobe a tal duna, é possível ver pela primeira vez o objetivo intuito to jogo: alcançar o topo de uma distante montanha emissora de luz. Esta é revelada através de uma maravilhosa conunção entre a mesma e o personagem, que evoca uma referência à "2001: Uma Odisséia no espaço".

















Uma trilha de túmulos mostra o caminho à frente, até se atingir algumas ruínas. Um ponto de luz dourada chama sua atenção, incitando-o a subir ao topo das mesmas. O personagem chega lá pulando graciosamente alguns obstáculos (sem precisar apertar nenhum botão para tanto). Quando você se aproxima da luz se percebe que ela representa algum tipo de símbolo ou escrita. Esta luz é "absorvida" por você, o que cria no personagem uma cauda, que o permite saltar bem mais alto, ao se apertar o botão X (de novo aparece o joystick).
Seguindo-se em frente se atingem outras ruínas, maiores, nas quais você aprende a "energizar" pilares que revelam uma pintura de parede que mostra uma cena que evoca a história da civilização de nosso personagem. Novamente isto é feito com o aperto de só um botão (O), com o qual se emite um som que deixa visível sua onda de propagação, além de ter um símbolo específico único, só seu, uma marca registrada.



Interessante também é destacar que quando o personagem caminho rumo aos limites do cenário este é engolfado por fortes ventos que o impedem de seguir em frente. Um modo artístico de evitar aquelas terríveis e toscas paredes invisíveis que ainda vemos com frequência.

Estas ações cobrem os primeiros minutos de jogatina. O jogo o ensina a jogá-lo de um modo bem natural e intuitivo, sem a necessidade de tutoriais, já que este de modo artístico revela as habilidades do personagem, que são só as descritas até aqui. O jogo oferece apenas o essencial para superar seus enigmas e para a coleta de mais símbolos de luz, os quais aumentam e sua cauda e seus saltos.
Talvez o que há de mais belo no jogo é o fato de que se pode compartilhar a experiência com outro jogador, nunca identificado, a não ser pelo símbolo característico de sua onda sonora, o que compele os dois a trabalharem juntos (muitos troféus só podem ser conquistados em dupla) e desenvolver uma forte relação dentro do jogo, isso sem o uso das palavras!



quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vale Cultura de um tomate a um Playstation 4. Parte II

"Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente."


                                          (ARTE conceitual de The Last of Us)

No post passado escrevi sobre como o Brasil ainda é fraco na questão cultural, apontei argumentos básicos ou não, que ainda estão enraizados no nosso país. 

Há poucos dias foi anunciado o preço do então aguardado playstation 4,o que me inspirou bastante a escrever este texto, sobre tudo mostrar a filosofia que sempre abordamos, tudo esta conectado. 

Na parte I mostrei uma série de problemas os quais geram  uma série de outros problemas e por imediato criam consequências. O cenário literário cresceu bastante,muitos jovens e novos autores estão colhendo seus frutos como Afonso Solano,Eduardo Sphor, mas a nossa querida nação ainda está longe de ter uma cultura plena para leitura(eu sou um bom exemplo rsrs), cenário musical quanto as músicas populares nem preciso comentar(consequência dos problemas), o cinema brasileiro cresceu bastante, aqui acolá temos algumas comédias genéricas mas nada de grave. E o que essas  três coisas tem em comum? Todas são consideradas artes. 

Agora vamos partir do ponto divisor de opiniões, e se uma mídia conseguisse juntar esses três conceitos, o cinema de certa maneira faz isso, mais indo além e se pudéssemos interagir com essa arte, controla-la. Sim jovens estou falando de jogos eletrônicos.Que infelizmente estão fora do vale cultura. Na minha concepção eu posso afirmar, jogos são arte , jogos são cultura, como o próprio conceito fala "é a manifestação humana através da estética, transparecendo emoções, sentimentos, sons". Como não se emocionar com uma trilha sonora dessas ?



                                          Como não se empolgar com essa porra música!?


                                                          Isso não é arte?
A nossa senhora ministra da cultura, deu duas declarações esse ano , sendo que a primeira foi de uma extrema ignorância ao afirmar categoricamente que jogos não são cultura. Clicando aqui e aqui, vejam e leiam a reportagem.

E não é de se desculpar , por games serem uma nova cultura e não ter sido representativo na geração da ministra, afinal ela é ministra da cultura, uma das funções básicas e de entendimento universal é que cultura está sempre em mudança, criando novas tendências ou bases, era o dever dela ter uma mente mais aberta a isso.

Mas vamos deixar de lado tudo isso,  não precisa nem ser incluso no vale cultura, mas jogos serem taxados com impostos de jogos de azar já é brincadeira não? Infelizmente isso é a realidade. Toda a experiência(Inclusive aprender inglês) que você já teve com algum jogo, aos olhos da União é um mero jogo de azar.

Pra que formula melhor do que injetar cultura nessa geração nova, em uma linguagem que é sinônimo de tudo que eles representam atualmente, tecnologia, informação.Claro que não seria fácil, para isso grande parte dos problemas citados no post anterior teriam que ser resolvidos, de nada adiantaria só uma elite ter acesso a isso tudo.

Como resultado vemos uma classe baixa, média e alta(porque não?) muito carente de cultura, apenas com acesso as coisas fúteis, pra não dizer merdas. Eu frequento muitas escolas públicas, certa vez recomendei para que meus alunos lessem mais, recomendei livros, e uma aluna falou "Ler pra que?" Vocês tão entendo onde quero chegar? É preocupante, que a cultura popular dessa geração seja isso:
                                               ( Trabalho escolar exemplar)
Lembrando que meu foco foi em Games, não estou diminuindo a importância de livros, cinemas e música. Mas se vocês não gostam de ler, gostam de besteira, fiquem a vontade, incentivo não falta: "Pode comprar revista porcaria, o trabalhador decide."Palavras de nossa ministra ¯\_(ツ)_/¯. **Um adendo, vale lembrar que são ignorados vários acadêmicos que ingressam nessa área.http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/09/universidades-abrem-espaco-para-cursos-que-ensinam-criar-games.html



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A origem da música : All around us



A alguns dias eu estava conversando com meu irmão e iniciamos uma das discussões de sempre. Era sobre a origem das coisas e a pauta principal era música.
Ele dizia que não há como criar uma coisa totalmente nova em se tratando de música, você tem que ter uma base, algum som ou outro estilo musical que te inspirou. Já eu dizia que tem sim como se criar algo totalmente novo do nada, algo que ninguém nunca escutou, sem ter escutado nada antes disso.

Perguntei então, o que o primeiro humano que fez música havia escutado. Ele disse que os primeiros seres humanos escutaram os pássaros cantando, e os sons da natureza, assim imitando os animais o homem fez a música.

Eu não soube explicar no momento minha linha de pensamento, esperei amadurecer a ideia e aqui vai ela...

No início o ser humano na tentativa de se comunicar, produzia sons com a boca, com o corpo, e batendo paus e pedras, no decorrer do tempo com o domínio na arte de fazer barulhos, o ser humano começou a fazer música, uma série de sons com pausas e novas sequências que no começou era usado para se comunicar com outos grupos e em cerimônias, com o posterior desenvolvimento, a música começou a agradar e assim se desenvolveram os demais instrumentos, melodias e ritmos.
Como estudante de biologia, aprendi que a natureza tem uma variabilidade infinita regida por um erro que também pode ser chamado de mutação. O que acontece é que, no processo de crianção de um novo ser vivo, existe a probabilidade inevitável de ocorrer um erro na criação do DNA dessa nova vida, esse erro pode mudar a configuração fisiológica e morfológica do novo ser vivo, sendo que as vezes essa mudança pode vir para o bem ou para o mal, dessa forma os que sofrem mudanças favoráveis estarão mais aptos a sobrevivência e a passar essa característica para a próxima geração.

Por exemplo: as mãos que você usa hoje, foram passadas para você através de características prévia que seus pais apresentavam, e eles adquiriram essas características de seus antepassados e assim vai até o primeiro ser vivo que apareceu com mãos. O que eu quero dizer é que, a característica "mão" que possuímos hoje foi um acaso causado por um erro. Tal característica apareceu e se tornou favorável a sobrevivência. A mão não existe para que possamos pegar, nós podemos pegar porque a mão existe, consegue entender?

Pois bem, as características que possuímos, são obras do acaso. Nós não comemos porque vimos outros animais comer, nós não corremos porque vimos uma zebra correndo e nem caçamos porque vimos um leão caçando, essas são características nossas, são propriedades que adquirimos com o passar do tempo. Não fazemos música porque queremos, nós queremos porque a música é de nossa natureza.

A audição é uma dessas características. O ser humano considerado normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. Dentro da nossa capacidade auditiva, descobrimos a escala musical (normalmente do som de frequência mais baixa para o de frequência mais alta), Em solfejo as sílabas para representar as notas, de quaisquer escalas, são: Dó, Dó sustenido, Ré, Ré sustenido, Mi, Fá, Fá sustenido, Sol, Sol sustenido, Lá,Lá sustenido Si.

Bobby McFerrin demonstra nesse vídeo como a noção da escala musical é muito profunda dentro de todos nós. Ele só da algumas notas e o público já consegue prevê as que vem a seguir, é fascinante!(tente acompanhar).


Dentro das nossas capacidades de percepção do mundo, nós criamos formas de nos expressar. Arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.

Fazer música é um propriedade humana que adquirimos com o tempo, assim como as demais. Um pássaro não sabe o que é arte, ele não sabe cantar, os sons que ele produz são apenas uma maneira de se comunicar e nós os caracterizamos como "música", porém música é uma arte assim como as pinturas e esculturas é uma característica humana, Como comer, correr, pular, caçar, fazer sexo essas coisas existem na natureza, mas arte só existe se houver um ser humano para aprecia-la, para por sentido e sentimento naquela “coisa”.

(A música está à nossa volta, só o que você precisa fazer é escutar)

É verdade que nossa inspiração veio dos sons da natureza, mas colocar sentido e sentimento no som, só o homem pode faze-lo e desenvolve-lo ao ponto que temos hoje. Os sons precisam da perspectiva humana para se tornarem música de fato. Dessa forma, vê-se então que a música está dentro de nós, mas podemos vê-la em todos os lugares. Sendo assim, é possível sim criar algo totalmente novo, a música já é algo totalmente novo, é um processo de criação e reinvenção que acontece todos os dias.