quinta-feira, 22 de maio de 2014

Meu Papel no Mundo - Conhecimento o Universo e Tudo Mais

O ser humano é dotado da capacidade de conhecer, é uma necessidade natural. Como eu vejo, absorvo, interpreto o mundo e ajo diante do que os meus sentidos captariam, é o que define como eu me ponho no mundo e o mundo se põe sobre min. 
O homem com suas capacidades pode: fazer conhecimento, usar conhecimento, posicionar-se diante do conhecimento.
 Para fazer o conhecimento os homens começam pelas sensações, que obtemos através dos nossos sentidos, principalmente audição e visão, um conjunto de sensações forma uma memória ,e as memórias agregadas formam a experiências, até ai temos vários animais que também são capazes de adquirir experiências, porém o ser humano é capaz de ir além do que é visto no momento o homem pode posicionar-se diante do conhecimento e, criar algo ainda mais complexo como: a ciência e a arte.
A ciência é a maneira metódica de se ver o mundo, tentando interpretar e testar as hipóteses através de experimentos, preocupando-se em encontrar um lugar cada vez mais próximo da verdade.
A arte por outro lado é quando nossas interpretações do mundo ganham um pouco de nossa personalidade, nossos sentimentos, estímulos, experiências, sensações ,e colocamos o mundo interpretado de várias formas, muitas vezes a realidade é abandonada.
Para grande parte da construção da ciência e principalmente da arte, nós dispomos do pensamento crítico. Posicionar-se diante do conhecimento é ter uma visão críticas das coisas, porém ver o mundo criticamente não é ter ideias contrárias as que são expostas mas sim, ver além daquilo que está sendo dito, ver o que não é exposto, ter uma visão racional, não se apegar as impressões primeiras, diminuindo assim, as chances de cair em ideologias, aproximando-se cada vez mais de uma obra de pensamento, ou ideia esclarecedora e coerente, sendo capazes de seguir novos caminhos, justamente porque pudemos perceber muito mais do que o que parecia à primeira vista. 
Conhecer e pensar coloca o universo ao nosso alcance e lhe dão sentido, finalidade e razão de ser. O universo existe porque o conhecemos ou nos conhecemos porque existe universo?. Conhece de forma verdadeira quem alcança a razão, sabendo os porquês das coisas ,e não só o que são as coisas simplesmente. Não aceitando as coisas como elas parecem ser mas sim, tentando enxerga aquilo que os olhos não podem ver, ou o que não pode ser visto usando-se aquele ponto de vista, você tem que mudar, ajustando para vários focos de análise, até que se exponha tudo.
A centenas de anos, todos concebiam que o Sol, os planetas e as estrelas eram apenas luzes que giravam em torno da terra ,e que nós éramos o centro de um pequeno universo, um universo feito para nós. Só havia um homem em todo o planeta que previa um Cosmos infinitamente maior. Esse era um tempo antes dos telescópios onde tudo que conhecíamos do universo, eram as coisas vistas a olho nu. Era óbvio que a terra ficava parada, e que os astros giravam ao seu redor. Mas um homem crente em Deus resolveu ver além do que parecia óbvio, esse homem era Gordano Bruno. Ele aplicou a visão de universo infinito, ao seu Deus infinito.
Bruno viu um maravilhoso universo, que a nossa ciência esta descobrindo hoje, onde, o nosso sol era apenas mais uma estrela dentre as milhares, e que dentre essas estrelas poderiam haver planetas como a terra, onde existiria vida. Essa ideia o levou a morte, punido pela igreja por blasfêmia. Bruno impulsionou essa ideia que a igreja tanto escondia e repudiava. Então, 10 anos depois, Galileu observou o universo pela primeira vez com um telescópio, provando que Bruno acertara no seu palpite.
Vocês já devem ter ouvido falar da gaiola de Faraday, não é verdade? A gaiola foi fruto da mente de Michael Faraday. Ele nasceu em 1791 na Inglaterra, sendo considerado um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Suas contribuições mais importantes e seus trabalhos mais conhecidos foram nos intimamente conectados fenômenos da eletricidade, eletroquímica e do magnetismo, e diversas outras contribuições muito importantes na física e na química.
 Faraday criou o mundo onde repousamos tão felizes hoje, estudando o magnetismo aliado a eletricidade ele inventou o primeiro motor. Se você está sentando ai agora lendo no computador, saiba que é graças a esse cara. Ele entendeu como ninguém antes, como funcionavam as forças invisíveis do magnetismo. Faraday se viu deslumbrado quando passou por sua cabeça ideia de que todo o planeta terra era magnetizado, descobrindo assim os polos magnéticos. 
Vê-se então, o quão importante é ter um visão crítica do mundo. E se Faraday aceitasse o mundo assim como ele parecia ser? 
A crítica portanto não é , um conjunto de conteúdos verdadeiros, mas uma forma de trabalhar. A forma de um trabalho intelectual, que é o trabalho filosófico por excelência. Dai vem o medo da crítica, pois se a crítica não traz conteúdos prévios, mas é a descoberta de conteúdos escondidos, então ela é muito poderosa e perigosa. Bruno, Faraday  e muitos outros nos mostraram esse poder, olhe a sua volta, o ventilador, o computador, o carro, a televisão, a energia que você tem em casa, satélites artificiais e até mesmo naves espaciais, estão nos auxiliando a superar os limites do planeta, trilhando o caminho para "o infinito e além!", tudo isso, inicialmente, graças ao pensamento crítico de vários homens e mulheres. 
Os místicos tentavam entender o mundo através das intuições, os filósofos usavam o pensamento lógico dedutivo para ultrapassar a experiência vulgar ,e por ultimo os cientistas que dividiram o mundo em vários segmentos para entender como cada coisa funciona.
 Segundo RUIZ (2011, p. 90)“A história humana é a história de lutas pelo conhecimento da natureza, para dominá-la, para interpretá-la e cada geração foi recebendo um mundo interpretado pelas gerações passadas”.
 Assim se deu a evolução do conhecimento, uma compilação de todas as mentes que já passaram pela terra, iluminando as partes escuras do espaço e tempo com conhecimento, nos tirando das trevas e nos levando a luz. O universo se mostrou complexo o suficiente para criar um modelo de energia, que pode compreender a própria energia. 
No vídeo a seguir, criou-se uma música da compilação de vários cientistas falando sobre a conexão do homem com o universo e nossa função no Cosmos. 




Chegamos a um nível incrível de conhecimento, onde compreendemos parte da complexidade do cosmos, conseguimos assimilar a noção de conexão entre as várias ciências, e tudo mais. Nós somos um jeito do universo se conhecer. Esse é o nosso 42, a resposta do universo e tudo mais é conhecer, somos meros observadores ao contrário de grande parte inanimada do cosmos, nós somos vivos e pensantes, somos a consciência do universo.

- Se a minha cabeça faz conhecimento, eu existo criativamente no mundo.
- Se a minha cabeça usa conhecimento, eu existo simplesmente no mundo.
- Se a minha cabeça posiciona-se diante do conhecimento, eu existo criticamente no mundo.

Como você quer existir no mundo?  O ET Bilu pode ser uma farsa, mas ele tem razão no seu recado. Busquem conhecimento!










  

terça-feira, 13 de maio de 2014

Mizéria Próspera

Já citei aqui em vários textos a evolução e, como gosto sempre de ter uma visão universal das coisas, tentando ligar todos os pontos possíveis, a evolução como papel fundamental para formação de todos os tipos de vida, pode está em quase todo lugar, sendo assim, vamos lá!

Diante da teoria de que o meio define parte do processo da evolução, temos o meio como tudo aquilo que é natural e interage com os seres vivos ou tudo aquilo que exerce pressão, força e mudança no na vida. Vários são os fatores do meio que interferem na vida humana, nesse texto focarei em dois, que são: Renda familiar e nível escolar ou nível de conhecimento. 

Segundo texto publicado em 19/04/2006 na Folha de S. Paulo, relacionando a renda familiar com o número de filhos. 

Quem tem uma família grande ganha menos do que os que optam por menos lugares ao redor da mesa: a renda das famílias com três filhos ou mais é de 14% a 18% menor do que as que possuem dois filhos, percentual que varia segundo o poder aquisitivo.
É o que mostra um estudo publicado na última revista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento.
O cálculo, feito pela pesquisadora Ana Katarina Campelo, do departamento de economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), mostra que o ganho das famílias que têm mais de três filhos é menor principalmente nos extremos da distribuição de renda: os 10% com maior poder aquisitivo e os 10% com menor poder aquisitivo. A pesquisadora usou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, para realizar o estudo.
A explicação mais forte para o ganho menor é o fato de os pais -principalmente as mães- pararem de trabalhar ou diminuírem sua carga de trabalho para acompanhar mais de perto a educação dos seus filhos.
Pelos cálculos da pesquisadora, as famílias com mais de três filhos que não fazem parte nem dos 10% mais pobres nem dos 10% mais ricos também ganham menos do que as com dois filhos, mas em um percentual menor: 14%.

Em outro trabalho publicado na Revista de Saúde Pública. Maura Maria Guimarães de Almeida do Departamento de Enfermagem Comunitária da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia realizou pesquisa através da visita 3.020 domicílios, correspondendo a 1,14% dos domicílios estimados para a área da pesquisa,específicos e realizadas 2.893 entrevistas a mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos.

Observou-se na nesta pesquisa que na zona 1, de mais alta renda, encontra-se a menor média (1,06) de filhos, havendo um crescimento sucessivo nas demais zonas, inversamente proporcional à renda, embora este aumento não se mantenha de maneira regular na zona 7 (1,56) local onde se acha concentrada grande parte da prostituição de Salvador. 



Podemos ver nesse gráfico a diferença entra a taxa de natalidade de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Sabendo das diferenças sociais, educacionais, e financeiras que tem os habitantes desses diferentes países, conseguimos perceber como esses fatores influenciam no desenvolvimento da vida humana.

Causas da redução do crescimento:
• Crescimento urbano: elevado custo (benefício da criação de filhos em áreas urbanas).
• Emancipação feminina, seguida das melhoras dos coeficientes educacionais.
• Casamentos tardios.
• Difusão dos contraceptivos.
Coisas que não acontecem com frequência em países subdesenvolvidos, temos pouco crescimento urbano, mulheres controladas tendo como papel principal a reprodução, casamentos precoces e carência de métodos contraceptivos.
 
Segundo estes dados e observações cotidianas, vemos que o número de filhos de um indivíduo está estreitamente ligado a seu nível escolar, e em consequentemente o de renda. Sendo aqueles com maior renda e pode-se dizer que com maior nível de escolaridade, os que tem menos herdeiros.

Dado esses fatos e sabendo-se que a evolução tem como motor a reprodução, vemos que se reproduzir é fazer parte da evolução. Dessa forma, aqueles de vida mais precária são os que tem uma prole maior e mais chances de perpetuar seus genes, observa-se então neles um papel mais sólido no processo evolutivo. Tem quem diga que é falta de televisão, o velho "to fazendo nada...vou fazer menino", e hoje com as políticas públicas do Brasil, quanto mais filhos você tem...



O processo evolutivo natural, não acompanha o desenvolvimento social, dessa forma, vendo que nos diferenciamos muito no âmbito social e pouco na questão evolutiva de nossos antepassados, o que chamamos hoje de pobreza, não era muito diferente das condições de vida que eram normais a alguns milhares de anos mas, não me refiro a condições de extrema precariedade, falo dos povos que viviam com o mínimo de desenvolvimento, seja tecnológico ou social, condições essas, que ainda somos bem adaptados. (momento sensacionalista!) Segundo os dados e, com o rumo que caminha a sociedade, com o desenvolvimento em educação, o aumento de renda das famílias podemos apontar para um futuro onde existam cada vez menos crianças no mundo, podemos estar trilhando nosso caminho para a extinção!
Mas, cada um ajuda o mundo como pode, como esses dois aqui:


Contudo, diante da taxa reprodutiva em famílias na miséria, vemos que somos adaptados a um estilo de vida dito precário. Sendo assim, na miséria prosperamos. 

 

Referências-


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1903200618.htm

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100006

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101971000100015&lng=pt&nrm=iso&..

http://f1colombo-geografando.blogspot.com.br/2011/01/crescimento-populacional.html