terça-feira, 13 de maio de 2014

Mizéria Próspera

Já citei aqui em vários textos a evolução e, como gosto sempre de ter uma visão universal das coisas, tentando ligar todos os pontos possíveis, a evolução como papel fundamental para formação de todos os tipos de vida, pode está em quase todo lugar, sendo assim, vamos lá!

Diante da teoria de que o meio define parte do processo da evolução, temos o meio como tudo aquilo que é natural e interage com os seres vivos ou tudo aquilo que exerce pressão, força e mudança no na vida. Vários são os fatores do meio que interferem na vida humana, nesse texto focarei em dois, que são: Renda familiar e nível escolar ou nível de conhecimento. 

Segundo texto publicado em 19/04/2006 na Folha de S. Paulo, relacionando a renda familiar com o número de filhos. 

Quem tem uma família grande ganha menos do que os que optam por menos lugares ao redor da mesa: a renda das famílias com três filhos ou mais é de 14% a 18% menor do que as que possuem dois filhos, percentual que varia segundo o poder aquisitivo.
É o que mostra um estudo publicado na última revista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento.
O cálculo, feito pela pesquisadora Ana Katarina Campelo, do departamento de economia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), mostra que o ganho das famílias que têm mais de três filhos é menor principalmente nos extremos da distribuição de renda: os 10% com maior poder aquisitivo e os 10% com menor poder aquisitivo. A pesquisadora usou a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, para realizar o estudo.
A explicação mais forte para o ganho menor é o fato de os pais -principalmente as mães- pararem de trabalhar ou diminuírem sua carga de trabalho para acompanhar mais de perto a educação dos seus filhos.
Pelos cálculos da pesquisadora, as famílias com mais de três filhos que não fazem parte nem dos 10% mais pobres nem dos 10% mais ricos também ganham menos do que as com dois filhos, mas em um percentual menor: 14%.

Em outro trabalho publicado na Revista de Saúde Pública. Maura Maria Guimarães de Almeida do Departamento de Enfermagem Comunitária da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia realizou pesquisa através da visita 3.020 domicílios, correspondendo a 1,14% dos domicílios estimados para a área da pesquisa,específicos e realizadas 2.893 entrevistas a mulheres na faixa etária de 15 a 49 anos.

Observou-se na nesta pesquisa que na zona 1, de mais alta renda, encontra-se a menor média (1,06) de filhos, havendo um crescimento sucessivo nas demais zonas, inversamente proporcional à renda, embora este aumento não se mantenha de maneira regular na zona 7 (1,56) local onde se acha concentrada grande parte da prostituição de Salvador. 



Podemos ver nesse gráfico a diferença entra a taxa de natalidade de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Sabendo das diferenças sociais, educacionais, e financeiras que tem os habitantes desses diferentes países, conseguimos perceber como esses fatores influenciam no desenvolvimento da vida humana.

Causas da redução do crescimento:
• Crescimento urbano: elevado custo (benefício da criação de filhos em áreas urbanas).
• Emancipação feminina, seguida das melhoras dos coeficientes educacionais.
• Casamentos tardios.
• Difusão dos contraceptivos.
Coisas que não acontecem com frequência em países subdesenvolvidos, temos pouco crescimento urbano, mulheres controladas tendo como papel principal a reprodução, casamentos precoces e carência de métodos contraceptivos.
 
Segundo estes dados e observações cotidianas, vemos que o número de filhos de um indivíduo está estreitamente ligado a seu nível escolar, e em consequentemente o de renda. Sendo aqueles com maior renda e pode-se dizer que com maior nível de escolaridade, os que tem menos herdeiros.

Dado esses fatos e sabendo-se que a evolução tem como motor a reprodução, vemos que se reproduzir é fazer parte da evolução. Dessa forma, aqueles de vida mais precária são os que tem uma prole maior e mais chances de perpetuar seus genes, observa-se então neles um papel mais sólido no processo evolutivo. Tem quem diga que é falta de televisão, o velho "to fazendo nada...vou fazer menino", e hoje com as políticas públicas do Brasil, quanto mais filhos você tem...



O processo evolutivo natural, não acompanha o desenvolvimento social, dessa forma, vendo que nos diferenciamos muito no âmbito social e pouco na questão evolutiva de nossos antepassados, o que chamamos hoje de pobreza, não era muito diferente das condições de vida que eram normais a alguns milhares de anos mas, não me refiro a condições de extrema precariedade, falo dos povos que viviam com o mínimo de desenvolvimento, seja tecnológico ou social, condições essas, que ainda somos bem adaptados. (momento sensacionalista!) Segundo os dados e, com o rumo que caminha a sociedade, com o desenvolvimento em educação, o aumento de renda das famílias podemos apontar para um futuro onde existam cada vez menos crianças no mundo, podemos estar trilhando nosso caminho para a extinção!
Mas, cada um ajuda o mundo como pode, como esses dois aqui:


Contudo, diante da taxa reprodutiva em famílias na miséria, vemos que somos adaptados a um estilo de vida dito precário. Sendo assim, na miséria prosperamos. 

 

Referências-


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1903200618.htm

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101981000100006

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101971000100015&lng=pt&nrm=iso&..

http://f1colombo-geografando.blogspot.com.br/2011/01/crescimento-populacional.html

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